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31/07/2021

Jardim Botânico do Rio de Janeiro

O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ou apenas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, é um instituto de pesquisas e jardim botânico localizado no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do município do Rio de Janeiro, no Brasil.

Uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade, é um exemplo da diversidade da flora brasileira e estrangeira. Nele podem ser observadas cerca de 6 500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas. A instituição é responsável pela coordenação da Lista de Espécies da Flora do Brasil e pela avaliação de risco de extinção destas espécies.

A instituição abriga, ainda, monumentos de valor histórico, artístico e arqueológico e a mais completa biblioteca do país especializada em botânica, com mais de 32 000 volumes e o maior herbário do Brasil, que possui 600 mil amostras desidratadas (número de 2014, com uma média de 20 mil novas amostras incorporadas anualmente) completamente informatizadas e disponíveis para o público na página da instituição.

História

A sua origem remonta à transferência da corte portuguesa para o Brasil, entre 1808 e 1821. A corte fixou-se na cidade do Rio de Janeiro, desde 1763 sede do Estado do Brasil, uma colônia portuguesa, e agora alçada à condição de sede do império português, propiciando-lhe diversas oportunidades e melhorias. Dentre essas destaca-se a implantação de uma fábrica de pólvora na sede do antigo “Engenho da Lagoa”, de propriedade de Rodrigo de Freitas, cujas ruínas dos muros atualmente integram os limites da instituição. Por decreto real de 13 de junho de 1808, o príncipe-regente Dom João (futuro rei D. João VI), em nome de sua mãe incapacitada – a rainha Dona Maria I -, “Manda tomar posse do engenho e terras denominadas da Lagoa Rodrigo de Freitas”, para criar naquele espaço o Jardim de Aclimação, com a finalidade de aclimatar as plantas de especiarias oriundas das Índias Orientais: noz-moscada, canela e pimenta-do-reino.

No mesmo ano, a 11 de outubro, recebeu o nome de Real Horto, e no dia seguinte (12 de outubro), o Príncipe-regente assinou um decreto real criando o cargo de feitor para a fazenda da Lagoa. Os primeiros exemplares de plantas que o integraram vieram do Jardim La Pamplemousse, nas ilhas Maurício, pelas mãos de Luiz de Abreu Vieira e Silva, que os ofereceu ao Príncipe-regente. Entre eles encontrava-se a chamada “Palma Mater”. A sua direção foi inicialmente entregue ao general Carlos Antônio Napion (1808) e, em seguida, ao brigadeiro dom João Gomes da Silveira Mendonça, marquês de Sabará, que o dirigiu de 1808 a 1819.[9] Em 1810, o prussiano Kancke transformou-o em uma estação experimental, recebendo, nessa função, mais de 800 000 réis por ano. Nos viveiros, já havia mudas de cânfora, nogueira, jaqueira, cravo-da-índia e outras plantas do Oriente.

Em termos administrativos, o alvará de 1 de março de 1811 “Cria a Real Junta de Fazenda dos Arsenais, Fábricas, e Fundição da Capitania do Rio de Janeiro e uma Contadoria dos mesmos Arsenais (…) dirigindo também um estabelecimento de um jardim botânico da cultura em grandes plantas exóticas que mando que se haja de formar na dita fazenda da Lagoa (…).” No ano seguinte (1812), chegaram, ao Real Horto, as primeiras mudas de chá (Camellia sinensis, planta denominada anteriormente como Tea viridis), enviadas de Macau pelo senador daquela colônia portuguesa no Extremo Oriente, Dom Rafael Botado de Almeida. Visando dinamizar essa cultura, em 1814 o Príncipe-regente faz trazer para trabalhar no jardim um grupo de cerca de 300 chineses.

O decreto real de 11 de maio de 1819 anexa o Real Horto ao Museu Real, criado no ano anterior, por decreto real de 6 de junho de 1818. Pelo decreto real de 22 de fevereiro de 1822, a instituição, que, desde 1808 ,se encontrava subordinada ao Ministério dos Negócios da Guerra, passou para a alçada do Ministério dos Negócios do Reino.

Category: Turismo
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